Esgotado no Brasil, o livro Bandidos
do historiador Eric Hobsbawm volta
às livrarias em edição ampliada e atualizada
do historiador Eric Hobsbawm volta
às livrarias em edição ampliada e atualizada
Os estudos de Eric Hobsbawm reunidos no livro Bandidosinauguraram um novo campo de pesquisa na história: o banditismo social. Esta obra, ainda hoje referência sobre o tema, foi substancialmente ampliada e atualizada. O autor acrescentou textos inéditos ao público brasileiro e com isso aprofundou a análise da história política em que banditismo se insere.
Nesse esclarecedor estudo, Hobsbawm transporta o leitor para o universo de criminosos, ladrões, desafiadores das leis e da ordem social, econômica e política. Essas figuras, apesar de proscritas pelo Estado, têm seus feitos glorificados pela opinião pública e são lembrados graças a músicas, histórias e filmes que inspiraram. Isso os diferencia dos demais criminosos e os classifica como bandidos sociais.
Para entender o banditismo como um fenômeno social, Hobsbawm explica a intrínseca relação entre o Estado e o banditismo. Para ele, o surgimento desses criminosos é favorecido em regiões onde o Estado é instável ou ainda está ausente e em colapso. “A debilidade do poder propiciava o potencial para o banditismo”, sentencia o autor.
Para dar vida a sua análise, o historiador buscou exemplos de bandidos famosos da Europa, Américas e África dos últimos quatro séculos.
Desfilam em Bandidos as narrativas de figuras conhecidas como Robin Hood, Jesse James e até de Lampião e de outras nem tão famosas, mas não menos interessantes, como oshaiduks nos Balcãs e os dacoits indianos.
Bandidos conta com um rico caderno de ilustrações com fotos, quadros e gravuras, algumas datadas do ano de 1700.
Por que o Brasil ainda não deu certo? Quando chegou ao exílio no Uruguai, em abril de 1964, Darcy Ribeiro queria responder a essa pergunta na forma de um livro-painel sobre a formação do povo brasileiro e sobre as configurações que ele foi tomando ao longo dos séculos. A resposta veio com este que é o seu livro mais ambicioso. Trata-se de uma tentativa de tornar compreensível, por meio de uma explanação histórico-antropológica, como os brasileiros se vieram fazendo a si mesmos para serem o que hoje somos. Uma nova Roma, lavada em sangue negro e sangue índio, destinada a criar uma esplêndida civilização, mestiça e tropical, mais alegre, porque mais sofrida, e melhor, porque assentada na mais bela província da Terra.
"Darcy Ribeiro é um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve. Não apenas pela alta qualidade do seu trabalho e da sua produção de antropólogo, de educador e de escritor, mas também pela incrível capacidade de viver muitas vidas numa só, enquanto a maioria de nós mal consegue viver uma."Antonio Candido, Folha de S.Paulo No mesmo estilo incisivo e elegantemente erudito de seus livros sobre as origens da nossa sociedade, nascidos clássicos modernos, o professor discute as implicações para a historiografia contemporânea de questões tão diversas quanto a confusão de identidades nacionais na Europa Central, os 150 anos do Manifesto Comunista, o legado de Marx para os historiadores, a noção de progresso no conhecimento histórico e a assimilação pós-moderna da narrativa historiográfica a outras modalidades de narrativa. Para ele, a reflexão sistemática sobre o objeto e os objetivos da narrativa historiográfica não se distingue da própria escrita da história. Cada parágrafo de sua obra traz implícita a força de suas convicções e a consciência aguda das responsabilidades que envolvem a tarefa do historiador. Esses ensaios testemunham a clareza analítica e a bagagem única por trás da militância renovada contra o acelerado avanço do barbarismo na sociedade de nossos dias.
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