sexta-feira, 7 de setembro de 2012

História de Parati.


Paraty – Rio de Janeiro

Dia 17 ao dia 27 de Setembro de 2009.

Introdução:
Paraty é uma cidade do Rio de Janeiro que agrada a todos. Milhares de pessoas do Brasil e do exterior visitam esta atrativa região em busca de cultura, lazer e aventuras.
Paraty foi considerada Patrimônio Estadual em 1945 e tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1958 e finalmente convertido em Monumento Nacional em 1966.

ruas calçadas 'pé-de-moleque' de Paraty - Centro Histórico
História
Sua fundação é imprecisa, alguns acreditam que foi entre 1540 e 1560 onde já existia um grupo residindo no Morro da Vila Velha, atual Morro do Forte. Outros alegam que foi em 1597, quando Martim Correa de Sá enfrentou e perseguiu os índios Guaianases ou Goianases do Vale do Paraíba.Já tem os que afirmam que foi em 1606, na chegada dos sesmeiros da Capitania de Itanhaém. Mas o que se tem certeza é que no inicio de 1700 além dos índios
Guaianases, já viviam várias pessoas em Paraty.
Em 1640, Maria Jacome de Mello doou parte de suas terras para ser feito a cidade (atual centro histórico).Em troca exigiu a construção da capela de Nossa Senhora dos Remédios.
Em 1667 surgia a Villa de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty.A primeira cidade brasileira a ter autonomia por decisão popular.
Paraty era o Ponto final da Estrada do Ouro do “Caminho Velho” (posteriormente mudaram o trajeto para a capital do rio).
Toneladas de ouro e diamantes vindo das Minas Geraes (Ouro Preto e Diamantina) embarcavam nos navios nessa cidade
Quando as riquezas minerais se esgotaram , o principal produto embarcado passou a ser o café vindo do vale do Paraíba no lombo das mulas.
Mas em 1870 com a construção da Ferrovia, a cidade entrou em decadência.
O golpe final foi em 1888 com a Abolição que passou de 16.000 habitantes para 600 velhos, mulheres e crianças. Isso ocorreu em razão do grande êxodo devido a perda de mão de obra gratuita. Paraty ficou várias décadas paralisadas. Ainda em 1950 a única ligação a cidade era por barco, partindo de Angra dos Reis. Este isolamento serviu para preservar a estrutura arquitetônica urbana da cidade e seus usos e costumes.
Com a abertura da Br-101(Rio – Santos) foi iniciado o ciclo turístico de Paraty.

    Esta antiga Casa-Grande é hoje um local de visitação e vendas de licores.
  
Estrada Real ou Caminho do Ouro

Liga Paraty a Ouro Preto passando por São João Del Rey e inúmeras cidades já era uma trilha usada pelos Guaianases para chegar ao litoral, vindo do vale do Paraíba. Martim de Sá aproveitou esta trilha para capturar índios para serem escravizados.
Ao descobrirem ouro em Minas, esta trilha( já transformado em estrada) é utilizado para o envio de ouro a Portugal).
Em 1703, conforme Carta Régia é instalado em Paraty, no alto da Serra do Facão uma Casa do Registro do ouro ou Casa da Quinta para fiscalizar o fluxo de ouro das minas para Portugal. Esta estrada é preservada pelo patrimônio Histórico e só é permitida visita acompanhada por guias ou competições por bicicletas autorizadas pela autoridade competente. Existem estradas paralelas a principal com intuito de despistar piratas e assaltantes na época do ouro.
Em 1799 com a queda do trafico do ouro, Paraty se volta para a produção de aguardente.


Turismo
Além das praias próximas (as locais são poluídas) Paraty tem uma gastronomia caiçara excelente, inúmeras pousadas, passeios de barcos, escunas e lanchas.
Durante quase todo o ano a cidade oferece diversos eventos e festas para atrair os turistas.
Para os que gostam de aventuras e é ligado a natureza pode utilizar dos passeios ecológicos e dos vários clubes de arvorismo, rapel, etc.
Estes passeios são utilizados jipes land rover e o roteiro é visitas a cachoeiras, alambiques, fazendas históricas, etc.
O local mais procurado pelos turistas é a villa de Trindade, onde existe uma piscina natural formada por pedras enormes. Além disso suas praias são tranqüilas e a vila é bastante bucólica.
Paraty também é muito conhecida por sua cachaça e licores.
O preconceito racial que está proibido por lei, era uma realidade no Brasil-Colonia.
Em Paraty as Igrejas demonstram com clareza este aspecto.
A Igreja de Santa Rita dos Pardos Libertos era freqüentados pelos mulatos.
Já os negros iam na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
A elite branca e perfumada na Nossa Senhora das Dores e os brancos pobres (pescadores e trabalhadores em geral) freqüentavam a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios.
A Igreja de Santa Rita foi inaugurada em 30/06/1722.Lucio Costa considera a Igreja mais bela da cidade devido a sua arquitetura.
Nos fundos desta igreja está o Museu de Arte Sacra da cidade.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário como já foi dito era destinado aos escravos e construída em 1757, possuindo características do estilo maneirista.
Igreja de Nossa Senhora das Dores, construída em 1800 mas só concluída pela irmandade só de mulheres em 1901.
Igreja Nossa Senhora da Conceição de Paraty-Mirim, construída em 1757.
Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, começou a ser construída em 1787 só ficando pronta em 1873.
Em quase todas vilas de pescadores ou comunidades existem capelas ou pequenas igrejas com um determinado padroeiro.

Paraty em foco

No dia 23 a 27 de Setembro ocorreu o evento “Paraty em Foco”.
Participam pessoas ligadas ao mundo fotográfico de todo Brasil e do exterior. Junto a este evento aconteceu uma exposição de livros qual assunto principal só podia ser a fotografia ( em anexo)
                                           Paraty em Foco - uma exposição fotográfica.
Museu de Arte Sacra

Fundado em 1978, funciona até os dias de hoje nos fundos da Igreja de Santa Rita mediante convenio com o Ministério da Educação e Cultura.
Seu acervo compreende importantes relíquias históricas religiosas.
Embora não ser permitido tirar fotografias dos objetos valiosos, foi aberta alguma exceção para aqueles sem valor material.


Após 18 anos sob a guarda do Museu de Arte Sacra/Ibram, o Livro de Compromisso da Santa Casa de Misericórdia de Paraty está agora sob os cuidados do Instituto Histórico e Artístico de Paraty (IHAP).
A assinatura do Termo de Devolução aconteceu no dia 6 de fevereiro e contou com as presenças do diretor do Museu de Arte Sacra, Julio Cezar Neto Dantas, da presidente do IHAP, Maria José dos Santos Rameck, e teve como testemunhas Padre Roberto, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, e técnicos do Ibram em Paraty.
O Livro, datado de 1863, registra os atos da irmandade da Santa Casa e contém dados biográficos de todos os seus membros. O livro esteve sob a guarda do Museu de Arte Sacra de Paraty desde 1997, quando integrou uma exposição sobre a Santa Casa na antiga sede da Secretaria de Turismo (Cadeia Velha). Em 2009, o IHAP solicitou a reintegração do Livro ao seu acervo, o que demandou análise de documentação divergente sobre a guarda do objeto.
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), José do Nascimento Júnior, a devolução do Livro ao IHAP reflete o desejo do Ibram em manter uma atuação conjunta com vistas a beneficiar a comunidade local. “Tanto o IHAP quanto o Museu de Arte Sacra cumprem papel relevante na preservação da história do município. O Ibram fez e continuará fazendo sua parte, através do Museu de Arte Sacra, e seremos também vigilantes no que concerne à proteção do patrimônio comum às duas instituições”, escreveu Nascimento Júnior à presidente do IHAP.
Texto e foto: Museu de Arte Sacra de Paraty





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